subi o elevador sentindo minhas coxas esquentando
olhei pro lado e ela estava com aquele sorrisinho
de quem conhece a noite
sorri e dei um passo prensando ela contra a parede,
ela riu de um jeito que quase ouvi sua voz
por pouco não ouvi o jeito ácido como ela me provocaria se não estivéssemos no elevador
nesse movimento de colar na parede o cheiro tomou conta
senti minha boca umedecer
ela, encostada na parede me olhava sorrindo de um jeito divertido
saíam faíscas de seus olhos castanhos
a camisa preta com 4 botões abertos
aquele cheiro amadeirado estava me fazendo sentir a urgência que elevadores são incapazes de entender
os olhos estavam brilhantes e divertidos
quando ria pra mim o movimento dos cachinhos pretos saltando ao redor do rosto
o piercig na sobrancelha brilhando pra enfatizar os olhos escuros que caminhavam junto dos meus movimentos, ávidos
um jeito de olhar de quem queria algo.
as portas abriram e tivemos que virar pra frente rápido
uma pessoa que não olhei nos olhos disse que ia descer
as portas fecharam e subimos mais
uma viagem de elevador nunca durou tanto
finalmente descemos no andar 24
entramos na casa e estava vazia
constatação que deixou meu coração disparado
ela me olhou e tirou o relógio ao mesmo tempo que erguendo os braços tatuados dando ênfase ao movimento rápido
tirei o coturno e deixei ao lado da porta, joguei a bolsa na mesa, liguei o abajur de luz amarela e me sentei no sofá já com o isqueiro aceso, traguei meu beck sem tirar os olhos dela
Nina se aproximou de mim e ajoelhou em frente as minhas pernas entreabertas
ela chegou com o rosto próximo a minha mão, pedindo para fumar de um jeito silencioso íntimo, observei os traços de seu rosto e as pintas perto dos olhos
coloquei o cigarro nos lábios dela, que o segurou
passei a mão pelo rosto dela, pelos cachos curtos e escuros
desci as mãos até a nuca e segurei o cabelo puxando de leve
ela riu, apagou o beck e me beijou.
estávamos no sofá
sentei no colo de Nina apressando ela contra o encosto do sofá
o beijo daquela mulher é aceso
se alastra e fez derreter partes em mim que escorreram.
peguei ela pelo pescoço e vi seus olhos faiscaram
o beijo me fazia queimar por dentro
prensei Nina contra o sofá verde e tirei sua roupa rápido, a camisa preta de sempre, ajudou.
ela usava um shorts curto de tactel esportivo e como sua marca registrada, não usava calcinha
minhas mãos passaram pelas coxas grossas dela
apertei a mulher contra mim segurando em seus quadris largos
apertava carne das ancas dela como se quisesse atravessá-la
Nina gemeu abafado enquanto pressionei meu joelho por entre as coxas dela
senti minha pele umedecer
as cortinas estavam abertas e a janela também
um abajur atrás da cabeça de Nina iluminava a cena na medida certa
nós duas deitadas sobre o sofá de veludo verde
eu ajoelhada entre as coxas dela, segurei seu pescoço e passei os dedos de leve nos lábios dela
estavam encharcados de um jeito que já conhecia
continuei com meus dedos de leve pela buceta dela que pingava ao mesmo tempo que o gemido aumentou nos lábios de Nina, ela arranhou minhas coxas
me deu um choque com os olhos escuros cerrados, rebolou empurrando o quadril tentando alcançar mais dos meus dedos molhados
eu sorri
— O que você quer?
Perguntei provocando
ela me olhou e não pensou por nenhuma segundo antes de dizer com uma voz rouca:
— Me come, por favor Dora.
Sorri satisfeita porque ela sabe que gosto quando ela fala meu nome desse jeito
me ajeitei ficando mais próxima a ela que continuava deitada apoiada sobre os cotovelos, me abaixei e beijei suas coxas sem deixar de olhá-la nos olhos
passei a mão pelos lábios de Nina e meti nela devagar pra assistir os olhos se revirando antes de fecharem, sem conseguir se manter abertos
sentia a buceta dela contraindo nos meus dedos, deixando derramar
fechei mais minha mão no pescoço dela
Nina abriu os olhos e me pediu com a voz rouca falhando
— Eu quero com mais força
O pedido se apossou de mim
enfiei outro dedo na buceta dela aumentei a intensidade ao mesmo tempo
a mulher derretendo sob meus dedos
enquanto eu beijava suas coxas e descia meus lábios
buscando encontrar os dela.
Naquela noite
o sofá verde foi palco pra que eu fodesse aquela mulher
palco pra quando ela gozou na minha boca
nos meus dedos,
ao mesmo tempo
me fazendo escorrer pelas coxas
fazendo o verde do sofá mudar.
nada que eu mesma tenha visto
porque Nina, deitada sob o veludo verde sorria de leve sob a luz amarela
de olhos fechados, uma das cenas que mais me derreteu por inteiro
ela tentou abrir os olhos:
— Meu rosto ta formigando de tão forte que eu gozei.
Nós duas rimos enquanto eu eu subia por entre as coxas dela para me deitar sobre seu peito
estava buscando o cheiro mais nina possível
fechei os olhos dizendo
— Deve ser o sofá
talvez fosse.